Texto: A Construção Multicultura da Igualdade e da Diferença
Essa reinvenção [do Estado] tem
um forte sinal anti-capitalista e dificilmente poderá ser levada a cabo através
dos mecanismos de democracia representativa. Convoca-nos, pelo
contrário, a novas práticas democráticas. Por um lado, implica uma luta que
extravasa do marco nacional em que vigora a democracia representativa. De
facto, está votada ao fracasso a luta que não tiver presenteque o Estado
nacional está a ser, ele próprio, transnacionalizado. Daí a urgência a que
também referi de potenciar as globalizações contrahegemónicas que geram um novo
cosmopolitismo emancipatório. Dado o espaço-tempo global em que se vaza, este
novo cosmopolitismo tem de articular diferentes formas democráticas, as quais
terão elas próprias de ser multiculturais se quiserem ser o instrumento
propiciador de uma nova articulação entre políticas de igualdade e políticas de
identidade segundo o imperativo que enunciei: temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza;
temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.
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